Dia 68 - Desabafo Disparado

Não é que sinta os sentimentos transcritos no poema, mas lembrei-me dele e até lhe acho uma certa "piada" maquiavélica.
Mais um poema do António Cunha. Este foi escrito no dia 8 de Setembro de 2008

A arma está na mão pronta a ser disparada
Estou tão farto de tudo, tão farto de nada
Qualquer atitude feita por outros penso que é contra mim
Se não gostam de mim porque insistem dizer sim?
Não consigo dormir, só penso que sou culpado
Só penso sofrer em silêncio, em gritar calado
Se tiver que existir um fim, que seja o meu fim
Pelo menos mais ninguém sofre e vêem-se livres de mim
Não precisam mais de gozar com a minha cara
E se gozarem ela estará desfeita pela arma disparada
Quero morrer para não estar a dizer nem fazer mais porcaria
Ver gente que amo a chorar mas que se não me conhecesse sorria
Então sorriam todos pela minha morte
Quando se lembrarem de mim eu estarei a norte
Mas estarei em paz por vos ver todos a sorrir
E aos que chorarem digam que estou a dormir
Finalmente conseguirei dormir e se sonhar
Sonharei como é tão bom poder-vos abraçar

PUM!!!

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